Multimedia
Audio
Video
Photo

DO ESTADO E DO SEU PODER

Anonyme, Jueves, Junio 13, 2002 - 14:54

Francisco Trindade

Há uma questão preliminar sobre o Estado que raras vezes é tida em conta, e, no entanto, se não se lhe dispensa suficiente atenção, resulta daí ficar desfocada toda a análise da natureza e do papel do Estado. Essa questão é que o Estado não é um objecto, que, como tal, o Estado não existe.

DO ESTADO E DO SEU PODER

Há uma questão preliminar sobre o Estado que raras vezes é tida em conta, e, no entanto, se não se lhe dispensa suficiente atenção, resulta daí ficar desfocada toda a análise da natureza e do papel do Estado. Essa questão é que o Estado não é um objecto, que, como tal, o Estado não existe. O Estado representa um determinado número de instituições, as quais, na sua globalidade, constituem a sua realidade, ligando-se entre si como partes daquilo a que se pode chamar o sistema do Estado.

Não se trata de uma questão puramente académica. Considerar uma parte do Estado - geralmente o governo - como o próprio Estado, introduz um elemento de confusão na análise da natureza e da incidência do poder de Estado. E essa confusão pode ter vastas consequências políticas. Assim, se se julga que o governo que está no poder é de facto o Estado, pode também julgar-se que, quando se assume o poder governamental, se adquire também o poder de Estado. Tal crença, assente como está em inúmeras suposições quanto à natureza do poder de Estado, está repleta de riscos e sujeita a grandes desapontamentos. Para compreender a natureza do poder de Estado é necessário, primeiro que tudo, distinguir, e depois relacionar, os diversos elementos que constituem o sistema de Estado.

Não surpreende que governo e Estado pareçam por vezes sinónims. É o governo que fala em nome do Estado. Era ao Estado que Weber se referia ao afirmar, numa frase célebre, que, para existir, "tem de reclamar o monopólio do uso legítimo da força física num dado território". Mas o Estado não pode reclamar nada; só o governo, ou os seus orgãos devidamente empossados, pode. Diz-se muitas vezes que os homens são leais, não ao governo que acontece governar em determinado momento, mas sim ao Estado. Mas o Estado, segundo este ponto de vista, é uma entidade nebulosa. E se por um lado os homens podem decidir ser leais ao Estado, é ao governo que lhes cumpre obedecer. Um desafio às suas ordens é um desafio ao Estado, em nome de quem só o governo pode falar, e por cujas acções ele, o governo, tem de assumir a responsabilidade última.

Isto não quer dizer, todavia, que o governo é necessariamente forte, quer em relação a outros elementos do sistema do Estado, quer em relação a forças exteriores. Pode, pelo contrário, ser muito fraco e constituir uma mera fachada para um outro destes elementos ou forças. Por outras palavras, o facto de o governo falar em nome do Estado e de estar oficialmente investido do poder de Estado, não significa que controle efectivamente esse poder. É importante saber até que ponto os governos controlam o Estado.

Para ler todo o texto ir a : http://www.franciscotrindade.com/francis/html/front.htm

De seguida clicar em “Outros Textos e depois em “Textos II

www.franciscotrindade.com


CMAQ: Vie associative


Collectif à Québec: n'existe plus.

Impliquez-vous !

 

Ceci est un média alternatif de publication ouverte. Le collectif CMAQ, qui gère la validation des contributions sur le Indymedia-Québec, n'endosse aucunement les propos et ne juge pas de la véracité des informations. Ce sont les commentaires des Internautes, comme vous, qui servent à évaluer la qualité de l'information. Nous avons néanmoins une Politique éditoriale , qui essentiellement demande que les contributions portent sur une question d'émancipation et ne proviennent pas de médias commerciaux.

This is an alternative media using open publishing. The CMAQ collective, who validates the posts submitted on the Indymedia-Quebec, does not endorse in any way the opinions and statements and does not judge if the information is correct or true. The quality of the information is evaluated by the comments from Internet surfers, like yourself. We nonetheless have an Editorial Policy , which essentially requires that posts be related to questions of emancipation and does not come from a commercial media.