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DA CRIATIVIDADE COMO IDEALIDADE ÀS CONDIÇÕES REAIS DA CRIATIVIDADE

Anonyme, Jueves, Mayo 30, 2002 - 09:39

Francisco Trindade

A dimensão da criatividade individual presente no produto cultural desenrola-se ela própria sobre o fundo mais vasto das condições gerais da criação num momento histórico determinado e para uma classe social determinada.

DA CRIATIVIDADE COMO IDEALIDADE ÀS CONDIÇÕES REAIS DA CRIATIVIDADE
A dimensão da criatividade individual presente no produto cultural desenrola-se ela própria sobre o fundo mais vasto das condições gerais da criação num momento histórico determinado e para uma classe social determinada.
É assim, por exemplo, que a genialidade, apesar de incomensurável com a média geral (por isso mesmo é dita genialidade), se não pode definir exclusivamente em termos de incomensurabilidade. Ela é o excepcional, e por isso distinta, mas ela também guarda algo de comum e de comunicável, sem o que jamais conseguiria materializar-se. Por mais inovador que seja, o compositor, por exemplo, inscreve-se sempre numa tradição musical - que, sem dúvida, poderá revolucionar, por meio de novos temas, técnicas, concepções, etc - utiliza materiais diversos que ele próprio não criou inteiramente, uma linguagem, preocupações estéticas, morais ou políticas, etc.
A criação cultural nunca se desenvolve, pois, no vazio. Ela surge de e em condições bastante precisas, em diálogo com as quais se mantém ao longo da elaboração ou modelação em que consiste. Estas condições não se opõem, de modo algum, a uma perspectiva de criação; muito pelo contrário, constituem a sua possibilidade real.
Contrariamente a certas das tais evidências dominantes, a existência de condições não é um obstáculo insuperável para a criação, que a impeça de poder verificar-se. É, sim, possibilidade indispensável de criação. Só há criação, transformação a partir de determinadas condições dadas. Não querer reconhecê-lo é perder de vista qualquer possibilidade de vir a considerar a criação enquanto fenómeno social real, para a condenar irremediavelmente a um desterro para as longínquas paragens da unificação ou da mistificação.
Porém, uma vez arredada a teia obscurantista dos preconceitos que tendem a encarar a criação artística como um produto ex nihilo engendrado no céu limpo e "puro" da fantasia espiritual, indispensável se torna ainda mostrar o modo concreto por que, na verdade, ela é repetidamente levada a cabo no plano cultural das sociedades humanas.
O artista não é, de forma alguma, um ser estranho que paira acima, ou adiante, da sociedade. A sua condição originária é a de um ser social, como no fundo, a de todo e qualquer homem.
Se ele é ou se sente marginalizado, se se encontra "adiantado" relativamente à sua época, ou incompreendido no seu poder visionário, isso não significa que ele esteja fora ou além da sociedade. Significa, sim, que essa é a forma concreta de uma sua determinada maneira de se relacionar com ela.
Para ver todo o texto ir a: http://www.franciscotrindade.com/francis/html/front.htm

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