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A Problemática Anarquista

Anonyme, Lunes, Agosto 23, 2004 - 13:17

Francisco Trindade

A Problemática Anarquista

Apresentamos a Actualização de Agosto do site http://www.franciscotrindade.com
Com a introdução de um novo texto intitulado

Procurar pelo link Novidades
Segue-se excerto do texto que pode ser lido na íntegra em http://www.franciscotrindade.com.
Responsável técnico máximo, como de costume
José Carlos Fortuna.

A primeira grande pergunta a fazer será pelo porquê da obra de Proudhon ter dado lugar a tantas polémicas, releituras e reinterpretações. Há certamente respostas a esta pergunta, mas é necessário sublinhar a enorme quantidade de escritos e tomadas de posição propícias a estes debates e a este considerável trabalho de reflexão crítica.
Há, poderemos dizer, textos fechados no seu dogmatismo que se prestam à repetição e preparam a submissão, e outros que abrem a discussão e estimulam o pensar crítico. A obra de Proudhon pertence a estes últimos.
É nossa intenção procurar aqui o porquê e as dimensões pelas quais esta obra foi e continua a ser essencialmente uma obra aberta, e igualmente, provocante no sentido de propiciadora de reflexões, de críticas e de acções.
Relembremos, antes de tudo, que Proudhon não se proclama anarquista em 1840 quando ele escreve a sua Primeira Memória; não se apresenta como o mensageiro duma doutrina já constituída que seria o anarquismo. Em 1840, não há, com efeito, doutrina anarquista definida, não há escola anarquista, mesmo se temas anarquistas foram anteriormente delineados. Proudhon empenha-se num trabalho de elaboração que vai durar de 1840 a 1865: face às transformações económicas, sociais, políticas, irá construir a sua reflexão, hesitar por vezes, corrigir-se, evoluir mas nunca desenvolver uma fórmula simples ou uma utopia à maneira de Fourier, por exemplo.
Nesta obra em evolução, obra comprometida mas também empenhada num trabalho permanente, quais serão os eixos essenciais que os anarquistas irão descortinar? É o que iremos fazer,de seguida, de um modo breve; podemos reter três: a crítica económica, a crítica política e, por fim, a crítica ideológica.

Saudações proudhonianas
Até breve
Francisco Trindade



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