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Proudhon e o Romantismo

Anonyme, Martes, Abril 22, 2003 - 10:36

Francisco Trindade

Proudhon e o Romantismo

Como homem do século XIX que ele foi, P.-J.Proudhon opôs-se constantemente ao grande impulso estético e ético da sua geração: o romantismo. Pode-se mesmo dizer que ele foi o mais consequente dos anti-românticos. Certamente, não por rejeição da novidade, mas em nome das convicções que inspiraram toda a sua vida. Na origem do romantismo – pelo menos em França – há um regresso nostálgico para com o passado, provocado pelo terrível choque do período revolucionário. Pelo contrário, levando em conta a Revolução que ele quis conduzir a seu termo, Proudhon está inteiramente orientado para o futuro.
Essencialmente racionalista, ele nunca recusou a sua dívida perante as Luzes. Não obstante, ou pela causa, de uma educação recebida no clima clérical da Restauração, os seus gostos literários levaram-no à admiração dos clássicos latinos, gregos e franceses. Entre os escrivãos do século XVIII, a sua principal admiração vai para Diderot. “ o mais vasto génio dos tempos modernos



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