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Com a introdução de dois textos sobre Proudhonvieuxcmaq, Tuesday, January 15, 2002 - 12:00
FRANCISCO TRINDADE (francisco.trindade@mail.eunet.pt)
Actualização de Janeiro do site http://www.franciscotrindade.com Com a introdução de dois novos textos intitulados É Proudhon um autodidacta? e Proudhon e a Questão das Nacionalidades Segur-se excertos dos dois textos que podem ser lidos na íntegra em http://www.franciscotrindade.com. Responsável técnico, como de costume, José Carlos Fortuna. É Proudhon um autodidacta? "Os traços essenciais do pensamento de Proudhon não podem ser bem compreendidos a não ser que se apresente as tendências mestras do seu carácter e das circunstâncias da sua vida. Isto acontece pois não estamos em presença dum filósofo de gabinete, dum pensador à maneira dum Taine ou dum Renan, dum Marx no período da sua formação, que livre de preocupações materiais demasiado urgentes assimila os métodos da alta cultura e pode Várias vezes foi qualificado de autodidacta; mas um tal epíteto, se se tomar no seu sentido difamante, seria uma indecência, aplicada a um espírito de vasta cultura e de vida toda ela dedicada à procura do justo e do verdadeiro. O que é exacto - o próprio Proudhon o reconheceu - os obstáculos da sua vida impediram-no sempre de seguir a direita via dos puros intelectuais, e por vezes interpretou duma maneira mais pessoal que objectiva os autores donde foi buscar inspiração; mas não explorou menos, empurrado pela sua insaciável curiosidade, todas as regiões das ciências ditas morais, sociais e políticas, apesar dele ter estado bem menos familiarizado com as ciências da natureza." Proudhon e a Questão das Nacionalidades "Proudhon foi o único pensador socialista da sua época a mostrar-se reticente diante da aspiração das diversas "nacionalidades" a Pela perspectiva do unitário - populações supostamente querendo e falando "como um único homem" -, a monarquia do antigo regime reaparece na modernidade e desvia o sentido. O mito dum sujeito colectivo, uma saída sobre uma centralização onde o centro, que é também o cume, domina largamente a periferia, que é também a base. Se o chamarmos "nação" este sujeito supostamente ser unitário, acaba por se concentrar fora e por cima dela própria, num centro que se chama em geral "Estado". A esfera fecha-se, Saudações proudhonianas Até breve Francisco Trindade |
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