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ZAPPA OU A FUNÇÃO SOCIAL DA MÚSICA

Anonyme, Mercredi, Juillet 10, 2002 - 12:19

Francisco Trindade

Se há algum músico e compositor que poderemos chamar de incómodo, pela sua música e fundamentalmente pelas letras das suas canções, esse é, sem dúvida, Frank Zappa.

ZAPPA OU A FUNÇÃO SOCIAL DA MÚSICA

Se há algum músico e compositor que poderemos chamar de incómodo, pela sua música e fundamentalmente pelas letras das suas canções, esse é, sem dúvida, Frank Zappa. Fundador do grupo norte-americano Mothers of Invention, desde 1964 que Zappa tem massacrado o sistema burguês capitalista, liberal norte-americano, aquilo que é comumente conhecido por american way of life, através de dois tópicos que sistematicamente encontramos nas suas letras: a crítica social e o sexo. É o aspecto da crítica social que nos interessa aqui sublinhar, embora o outro não seja de somenos importância.

Basicamente até 1968 as letras das canções eram simples, claras e evidentes (como diria Descartes) que qualquer pessoa as poderia entender. No entanto, a partir dessa altura modifica-se a música e também a mensagem dos textos. Zappa quer que o ouvinte de capacidades medianas consiga apanhar alguma coisa, pois ele acredita numa função utilitária e interveniente da sua música.

É o caso por exemplo do seguinte texto, extraído da obra Joe's Garage act.II de 1979: "Afinal foi descoberto/ que Deus/ Não queria que nós fossemos/ Todos iguais/ Estas foram/ Más notícias/ Para os governos do Mundo/ Que pareciam em oposição/ À doutrina da/ Servidão separada e Controlada/ A Humanidade deveria ser feita mais Uniformemente/ Se/ o futuro/ Funcionasse/ Vários caminhos foram procurados/ Para que ficássemos todos ao mesmo nível/ Mas, infelizmente/ A Igualdade não foi conseguida/ Foi por esta altura/ Que alguém/ Veio com a ideia da/ Criminalização Total.

Baseada no princípio de que/ Se todos nós éramos delinquentes/ Poderíamos finalmente ficar iguais/ Até um certo grau/ Aos olhos da Lei/ Os nossos legisladores calcularam sagazmente/ Que a maioria das pessoas era/ Demasiado preguiçosa para praticar/ Um verdadeiro crime/ Por isso, novas leis foram feitas/ Para tornar possível a qualquer um/ Violá-las a qualquer hora do dia ou da noite/ E/ Uma vez desrespeitadas todas as leis/ Nós seríamos todos do mesmo grande e feliz clube/ Ali mesmo, junto ao Presidente/ Os mais glorificados industriais/ E as grandes cabeças do clero/ De todas as nossas religiões preferidas/

Criminalização Total/ Foi o maior ideal do seu tempo/ E foi grandemente popular/ Excepto para aquelas pessoas/ Que não quiseram ser delinquentes ou criminosas,/ Por isso, naturalmente tinham de ser/ Todos levados a isso por truques.../ O que é uma das razões pela qual/ A Música/ foi finalmente declarada/ Ilegal.

Os Mothers of Invention sempre foram um grupo crítico consciente da realidade. Opõem-se ao sistema instituído na medida em que as suas canções não tentam convencer o auditório da inexistência dos problemas.

Zappa considera que o seu trabalho contribui para um melhor esclarecimento político das pessoas. Pensa que o ideal será poder contar com um público consciente, social e politicamente, isto é, um público comprometido que sinta o que há a fazer. É aliás exactamente isso que Zappa diz numa entrevista dada em 1968 em Hollywood: "Queremos contribuir para um maior esclarecimento político das pessoas. A maior parte dos jovens norte-americanos não pensa em termos de política. Advém daí que dispõe de muito tempo livre e tenta passá-lo da melhor forma possível. Por isso, creio que seria um grande passo obrigá-los a raciocinar."

Para ler todo o texto ir a : http://www.franciscotrindade.com/francis/html/front.htm

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www.franciscotrindade.com


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